“É melhor você se preparar.”
Fazia bastante tempo que eu não
lia um thriller, então acho que fui
esperando muito por sangue. Em vez disso, deparei-me com algo mais psicológico.
E foi interessante.
O livro é narrado pelo marido
(nós não temos seu nome revelado em momento algum, o que é peculiar), que vive
com sua bela esposa Millicent e seus filhos Rory e Jenna em um bairro nobre. O
casal tem bons empregos, a família tem uma rotina regrada, as crianças vão à
escola e têm suas atividades extracurriculares. Seriam uma família
completamente normal, não fosse pelo hobby
que mantém a relação do casal interessante. Eles buscam mulheres para atrair e
as assassinar.
Não há muito que se possa dizer
sobre a trama sem entregar demais a experiência. Porém, é intrigante a forma
como é tratada essa temática de serial
killers, a postura da mídia, o impacto na sociedade, dentro da própria
família – em especial na família desse casal, que precisa lidar com a recepção
dos seus filhos às notícias dos acontecimentos enquanto eles mesmos estão
envolvidos na matança.
Em alguns momentos fiquei
frustrada pela história ser no ponto de vista do marido, porque ele acaba sendo
mais expectador do que ator da maioria das atividades. E foi bem difícil de
entender seu caráter, pois seus sentimentos em relação a tudo o que faziam
tendia a variar a cada capítulo. Assim, não sei qual dos dois nessa relação é
mais perturbado da cabeça.
O final se resolveu de uma
forma... quase fácil demais. Eu esperava qualquer outra coisa naquela cena de
confronto. Foi meio anticlimático. Por causa desse final e da personalidade do
marido (tenta se impor mais, sabe?), dei 4/5 estrelas, porque fora isso achei a trama
bastante original e prendeu minha curiosidade.
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